PEDRO CAMPOFIORITO (1875 – 1945)
" Arquiteto e pintor, nascido em Roma, na Itália, em 1875, Pedro Campofiorito trabalhou e residiu durante os últimos 3l anos de sua vida em Niterói, onde faleceu em 17 de maio de 1945. Tendo colaborado com o pintor Zeferino da Costa na ampliação dos estudos para execução dos grandes painéis que decoram a Igreja da Candelária, foi por aquele notório mestre da pintura academica no Brasil convidado a assumir o ensino de desenho na Escola de Belas Artes de Belém do Pará, que seria criada sob a sua direção. O jovem artista romano chegou em 1899 ao Pará onde viveu e trabalhou como arquiteto e decorador até 1913, casando-se com Delfina Paniagua. Lá nasceram seus quatro filhos, sendo primogênito o futuro pintor, professor e crítico de arte Quirino Campofiorito. Stella foi pianista, aluna de Villa Lobos e professora; Violeta, criadora e diretora da Escola de Assistentes Sociais da UFF e Orlando, arquiteto que, a serviço do Estado, projetou inúmeros prédios públicos, entre os quais a Escola Pública de Jurujuba e o Hospital Getúlio Vargas Filho em Niterói. Muda-se em 1913 para o Rio de Janeiro onde reinicia suas atividades de pintor e arquiteto. Assumindo a direção arquitetônica da firma Leonídio Gomes, projeta residências e prédios públicos, vencendo o concurso para a sede da Cruz Vermelha, hoje tombada pelo patrimônio cultural do Estado do Rio de Janeiro. Constrói então a sua residência em Niterói, onde já colaborava, desde 1913/14, com os projetos encomendados ao engenheiro frances Émile Dupuy-Tessain e destinados a constituir a Praça da República (antes chamada praça D. Pedro II), centro cívico da capital fluminense. Seu domínio dos "estilos" históricos, tais como os classificava o ecletismo, na versão Belas Artes do final do séc.XIX, levou o engenheiro francês, de volta à sua pátria com a eclosão da 1a Guerra Mundial em 1914, a recomendar Pedro Campofiorito para dar continuidade às obras dos diversos palácios. A Camara Legislativa, o Forum, o Liceu e a Polícia do Estado viram suas novas sedes inauguradas entre 1917 e 1919, sendo a Biblioteca Pública do Estado, inteiramente a cargo de Pedro Campofiorito, construída mais tarde e inaugurada em 1935, dez anos depois da Praça propriamente dita. Todo o conjunto está hoje tombado pelo INEPAC-RJ. Campofiorito é também autor do Forum de Campos, do Mercado Municipal de Petrópolis e da Penitenciária de Rio Bonito entre diversos outros projetos, sobretudo de residências, construídas na Praia de Icaraí (Gustavo Schmidt) ou à jusante da Estrada da Fróes (família Seabra) entre outras. Seu quadro, de pintura alegórica, O Cruzeiro do Sul, foi escolhido por Piero Maria Bardi, Diretor do MASP, para figurar em exposição de italianos do Brasil e integrou também a mostra Tradição e Ruptura na Fundação Bienal de São Paulo em 1987. Em 1939, face à guerra dos aliados contra o eixo nazi-fascista, naturaliza-se, adotando a cidadania brasileira. Ao aposentar-se do serviço público do Estado do Rio, é nomeado Diretor fundador do Museu Antônio Parreiras, em Niterói. Após comemorar a libertação de Roma pelos aliados, faleceu Pedro Campofiorito na sua residência em Icaraí, no dia 17 de maio de 1945."
Fonte Biográfica: BANCO de ARTISTAS de Niterói.
http://www.niteroiartes.com.br/banco/
http://www.niteroiartes.com.br/banco/?p=1173
